Translate

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Parque Nacional Yasuní

         Segundo estudos científicos, o Parque Nacional Yasuní é a região de maior biodiversidade do mundo. Localizado na região Amazônica equatoriana, nas províncias de Orellana e Pastaza, foi declarado como parque nacional em novembro de 1979, e faz parte da Reserva da Biosfera Mundial desde 1989.


        Em 1999, parte do Parque foi declarada "Zona Intangível", por se tratar de área de grande importância biológica e cultural, sendo proibido qualquer atividade de mineração, devido o seu valor ambiental e cultural, não somente para a sua região mas para todo o mundo.

       Mas toda essa biodiversidade encontra-se ameaçada pela a possível extração de petróleo anunciada pelo governo do Equador.

        O país pede US$ 3,6 bilhões de doações internacionais para manter área do Parque intacta, valor que corresponde a metade do lucro estimado com a exploração do petróleo ao longo de 10 anos. Organizações de proteção ao meio ambiente e países principalmente europeus fizeram uma contraproposta no valor de US$ 13 milhões de dólares ao governo equatoriano, mesmo assim o presidente Rafael Correa, anunciou nesta ultima quinta-feira continuar com a iniciativa de explorar petróleo na região do Parque, assegurando que apenas 1% do parque terá poços perfurados para a extração de petróleo. 


      A constituição do país proíbe a exploração de fontes não-renováveis em área de proteção ambiental, mas permite que o presidente solicite o fim da proibição em nome dos interesses nacionais. Em defesa da extração de petróleo no parque o presidente equatoriano afirmou que estudos técnicos, econômicos e jurídicos serão realizados para fundamentar a decisão da Assembleia Nacional, onde os apoiadores de Correa são a maioria.

     Grupos de ambientalistas e comunidades indígenas criticam a decisão e defendem que o destino de Yasuní deverá ser votado em um referendo nacional.


O Yasuní detém o recorde mundial de números de várzea epífitas por parcela estudada e pelo menos 10% dessas espécies são endêmicas, é um das áreas de maior biodiversidade de aves do mundo, onde 567 espécies foram registradas, abriga cerca de 40% de todas as espécies de mamíferos na bacia amazônica, é a área de maior número registrado de herpetofauna na América do Sul, com 105 espécies de anfíbios e 83 espécies de répteis documentados, assim como uma imensa diversidade de espécies de peixes de água doce e mais de 382 100 mil espécies de insetos por hectare.


É triste saber que toda essa biodiversidade está ameaçada pela prospecção petrolífera, pelo capitalismo e pelo desenvolvimento a qualquer custo, será mesmo que um parque com tremendo potencial de diversidade de espécies não poderia gerar lucros de outras maneiras mais sustentáveis? Evitar a exploração do parque significa impedir a liberação de mais de 400 milhões de metros cúbicos de CO2 na atmosfera



 Macacos-da-noite (Aotus vociferans)

Muitos papagaios em barranco de argila no Anangu, Parque Nacional Yasuni, no Equador. Espécies vistas são Blue-headed Pionus ( Pionus menstruus ), Periquito Dusky-headed ( Aratinga weddellii ), Mealy Amazon ( Amazona farinosa ) e Amarelo-coroado Amazon ( Amazona ochrocephala )

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Olinguito, o primeiro carnívoro descoberto na América em 35 anos

Olinguito é nova espécie de mamífero encontrada na América do Sul (Foto: Mark Gurney/Divulgação)

O zoologista Kristofer Helgen após abrir inúmeras gavetas com peles e ossos de animais no museu de história em Washington, deparou-se com o que pensou de imediato ser uma espécie não identificada, pois era diferente de todos os animais semelhantes que já tinha visto. Dez anos de investigação depois, o olinguito é o primeiro carnívoro a ser descoberto em 35 anos no continente americano.


O Olinguito foi caracterizado como um animal que parece uma mistura de gato doméstico e urso de pelúcia, com cauda longa, pelagem laranja e olhos grandes. É um mamífero carnívoro, que come insectos, mas sobretudo fruta. A classificação deve-se não ao facto de comer carne, mas de ser um animal da ordem Carnivora, onde também se incluem os felinos, cães e ursos, por exemplo.




Nativo das florestas altas e enevoadas da Colômbia e do Equador, o olinguito é o menor membro conhecido da família dos guaxinins, segundo Kristofer Helgen, cientista do Smithsonian que há dez anos reconheceu esse animal como uma espécie à parte. Tem cerca de 35 centímetros de comprimento (o que o torna o animal mais pequeno daquela família), vive em florestas na Colômbia e no Equador e tem gestação de um filhote por mês O nome científico é Bassaricyon neblina, numa referência às florestas que habita e onde a neblina é frequente, mas também ao facto de ter estado anos escondido dos olhares da ciência.

Espécie da família dos guaxinins tem hábitos noturnos (Foto: Poglayen-Neuwall/Divulgação)

Os olinguitos são difíceis de serem vistos nas florestas enevoadas do norte dos Andes, a altitudes de 1.500 a 2.800 metros sobre o nível do mar. São principalmente noturnos e passam a maior parte do tempo nas copas florestais, saltando de árvore em árvore.


A existência da nova espécie foi determinada comparando a anatomia e o DNA com espécies semelhantes. Embora só agora tenha sido classificado como espécie, a comunidade científica já tinha tido contacto com o olinguito – mas confundira-o com outro animal.

Embora ele seja novo para a ciência, com o nome oficial de "Bassaricyon neblina", ele há décadas é conhecido e confundido pelos humanos. A identificação por análise genética foi feita pelo Zoológico Nacional de Washington, e a pesquisa foi publicada nesta quinta-feira, após revisão por pares, na revista ZooKeys.

A descoberta do olinguito mostra que o mundo ainda não está completamente explorado e seus segredos ainda não foram revelados”, diz Kristofer Helgen, líder da pesquisa que durou aproximadamente dez anos.

fonte:http://www.publico.pt/ciencia/noticia/chamase-olinguito-e-e-o-primeiro-carnivoro-descoberto-na-america-em-35-anos-1603186#/0

fonte:http://noticias.terra.com.br/mundo/sul-americano-olinguito-e-o-mais-novo-mamifero-descoberto,36017aa896f70410VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html