Segundo estudos científicos, o Parque Nacional Yasuní é a região de maior biodiversidade do mundo. Localizado na região Amazônica equatoriana, nas províncias de Orellana e Pastaza, foi declarado como parque nacional em novembro de 1979, e faz parte da Reserva da Biosfera Mundial desde 1989.
Em 1999, parte do Parque foi declarada "Zona Intangível", por se tratar de área de grande importância biológica e cultural, sendo proibido qualquer atividade de mineração, devido o seu valor ambiental e cultural, não somente para a sua região mas para todo o mundo.
Mas toda essa biodiversidade encontra-se ameaçada pela a possível extração de petróleo anunciada pelo governo do Equador.
O país pede US$ 3,6 bilhões de doações internacionais para manter área do Parque intacta, valor que corresponde a metade do lucro estimado com a exploração do petróleo ao longo de 10 anos. Organizações de proteção ao meio ambiente e países principalmente europeus fizeram uma contraproposta no valor de US$ 13 milhões de dólares ao governo equatoriano, mesmo assim o presidente Rafael Correa, anunciou nesta ultima quinta-feira continuar com a iniciativa de explorar petróleo na região do Parque, assegurando que apenas 1% do parque terá poços perfurados para a extração de petróleo.
A constituição do país proíbe a exploração de fontes não-renováveis em área de proteção ambiental, mas permite que o presidente solicite o fim da proibição em nome dos interesses nacionais. Em defesa da extração de petróleo no parque o presidente equatoriano afirmou que estudos técnicos, econômicos e jurídicos serão realizados para fundamentar a decisão da Assembleia Nacional, onde os apoiadores de Correa são a maioria.
Grupos de ambientalistas e comunidades indígenas criticam a decisão e defendem que o destino de Yasuní deverá ser votado em um referendo nacional.
O Yasuní detém o recorde mundial de números de várzea epífitas por parcela estudada e pelo menos 10% dessas espécies são endêmicas, é um das áreas de maior biodiversidade de aves do mundo, onde 567 espécies foram registradas, abriga cerca de 40% de todas as espécies de mamíferos na bacia amazônica, é a área de maior número registrado de herpetofauna na América do Sul, com 105 espécies de anfíbios e 83 espécies de répteis documentados, assim como uma imensa diversidade de espécies de peixes de água doce e mais de 382 100 mil espécies de insetos por hectare.
É triste saber que toda essa biodiversidade está ameaçada pela prospecção petrolífera, pelo capitalismo e pelo desenvolvimento a qualquer custo, será mesmo que um parque com tremendo potencial de diversidade de espécies não poderia gerar lucros de outras maneiras mais sustentáveis? Evitar a exploração do parque significa impedir a liberação de mais de 400 milhões de metros cúbicos de CO2 na atmosfera
Macacos-da-noite (Aotus vociferans)
Ceiba, uma árvore gigante que pode atingir 70 metros de altura
Fontes: http://www.publico.pt/ecosfera/noticia/como-o-mundo-nao-pagou-equador-vai-extrair-petroleo-do-yasuni-1603275#/4
Fontes: https://www.facebook.com/pages/Save-the-Amazonas/292727777434998?hc_location=stream
Fontes: http://www.dw.de/equador-anuncia-explora%C3%A7%C3%A3o-de-petr%C3%B3leo-no-parque-nacional-de-yasun%C3%AD/a-17024800
Fotos: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Many_parrots_-Anangu,_Yasuni_National_Park,_Ecuador_-clay_lick-8.jpg
Fotos: http://viajeaqui.abril.com.br/materias/parque-nacional-yasuni-amazonia-equador#10
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